Provavelmente, você já viu alguém fumando cigarro eletrônico, popularmente conhecido como “vape”, em ambientes públicos. Embora pareçam inofensivos devido à aparência moderna e variedade de sabores, os dispositivos eletrônicos para fumar são tão prejudiciais à saúde quanto os cigarros convencionais.
Os malefícios são sentidos pelo organismo desde a primeira tragada, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Tosse contínua, falta de ar, náusea, taquicardia, febre, mal-estar, taquipneia e vômito são os principais sintomas relatados pelos usuários de vape.
“Os cigarros eletrônicos possuem substâncias tóxicas além da nicotina e podem causar doenças respiratórias”, alerta a pneumologista Penha Uchoa.
A estética atraente do produto esconde os verdadeiros perigos. “Mesmo que o dispositivo tenha sabor, não seja quente e nem exale cheiro de fumaça de cigarro tradicional, continua sendo danoso ao sistema respiratório”, reforça o médico Ricardo Coelho.
O vape também pode comprometer a saúde bucal. “Pacientes que usam o dispositivo têm apresentado lesões cariosas em regiões onde antigamente não se tinha, provavelmente pelo contato do vaporizador com a boca e pelo líquido adocicado”, afirma o dentista Rodrigo Amadori.
Os cigarros eletrônicos não devem ser usados como alternativa ao cigarro convencional. “Não há comprovação científica. Inclusive, o vape pode levar as pessoas a fumarem mais. A única maneira de proteger adequadamente a todos é eliminar completamente o uso desses produtos fumados”, comenta a pneumologista Penha Uchoa.
Nos últimos anos, os vapes se tornaram uma febre, especialmente entre os jovens. Apesar de socialmente aceitos, desde 2009 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a venda, fabricação, importação e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil.
Por mais que o órgão regulador impeça a comercialização do produto, é comum encontrá-lo em lojas físicas e digitais. Porém, quem descumprir a determinação pode ser multado.
Fonte: Jornal Jangadeiro
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