Cearense compra celular sem saber que era roubado e descobre que aparelho pertencia a um colega

Um cearense foi surpreendido ao ser informado pela Polícia Civil do Ceará que o celular que comprou há quase dois anos era roubado. O que deixou a situação ainda mais inusitada foi a descoberta de que o verdadeiro dono do aparelho era um colega de trabalho.

O designer César Filho, de 30 anos, adquiriu um iPhone 11 em janeiro de 2023 por meio de uma plataforma de compra e venda on-line. Comprado por R$ 2.832, o aparelho parecia ser uma ótima oportunidade: na caixa, com garantia da Apple e sem marcas de uso.

No dia 30 de setembro deste ano, César foi avisado por mensagem de WhatsApp para comparecer ao Núcleo de Atendimento do “Programa Meu Celular”, no Centro de Fortaleza, em 2 de outubro. Inicialmente, ele acreditou que se tratava de um golpe, já que a notificação não parecia oficial.

Ao entrar em contato com a delegacia, soube que a mensagem era legítima e que ele deveria levar os documentos do aparelho. “Aí eu percebi quepoderia ter algo de errado”, relembra.

REVELAÇÃO DO ROUBO

Na delegacia, César descobriu que o celular que havia comprado quase dois anos antes era roubado. Ao Diário do Nordeste, a Polícia Civil informou que o furto do celular em questão ocorreu no dia 30 de dezembro de 2022, no Aterro da Praia de Iracema,

Na época, um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado pela vítima na Delegacia Eletrônica e transferido para o 13º Distrito Policial (DP), que investiga o caso.

Os policiais solicitaram informações detalhadas sobre o processo de compra. “Eles me solicitaram todas as informações que eu tinha do vendedor, onde tinha sido comprado, forma de pagamento, o local do encontro, se estava acompanhado, se eu tinha recebido de presente, todas as informações necessárias”, relata.

O aparelho havia sido encontrado por um ex-companheiro de César, que tentou rastrear informações sobre o vendedor no aplicativo após saber do roubo. No entanto, o designer alega que a plataforma dificulta a busca. “O próprio aplicativo depois de um determinado períodoapaga a conversa ou o próprio vendedor poderia ter deletado o perfil”, afirma.

Embora tivesse todas as provas da compra, César ficou sem o celular, que foi devolvido para o seu devido dono. Apesar do prejuízo financeiro, ele se sentiu aliviado por não ser acusado de crime.

A experiência o ensinou sobre os riscos envolvidos nas compras de produtos sem nota fiscal. “Por mais que tenha garantia, caixa, sempre bom ter o máximo de cuidado“, declarou.

DESCOBERTA DO DONO ORIGINAL

Após sair da delegacia, César compartilhou com amigos o que tinha acontecido. Até que um colega de trabalho, ao ouvir a história, sinalizou que havia sido roubado no mesmo período. O roubo aconteceu antes mesmo dos dois terem se conhecido.

“Questionei qual era o aparelho e característica, e perguntei se ele tinha feito o B.O. e ele sinalizou que sim. Quando ele buscou o B.O. para verificar o IMEI, batia com o aparelho”, conta César.

VIRALIZOU

O namorado de César levou o caso para as redes sociais. Um vídeo publicado no TikTok, em que ele conta todo o caso, já conta com mais de 50 mil visualizações. Nos comentários, internautas relatam ter passado por situações semelhantes.

3,5 MIL APARELHOS RECUPERADOS

Segundo levantamento da Polícia Civil do Ceará, já foram recuperados 3.500 aparelhos celulares no Ceará, desde que o “Programa Meu Celular” foi lançado pelo Governo do Ceará em 2 de abril deste ano.

Para fazer o cadastro na plataforma “Meu Celular”, o cidadão deve criar um perfil em meucelular.sspds.ce.gov.br, informando dados pessoais, a marca, modelo, Imei e nota fiscal (caso ainda tenha) do aparelho comprado ou já utilizado.

Caso seja roubado, furtado ou tenha o aparelho extraviado, o usuário entra no endereço da plataforma e protocola a ocorrência, clicando em um alerta que sinaliza a restrição. O alerta fica pré-ativado, inicialmente, por 72 horas, simbolizado pela cor laranja. O usuário deve formalizar um B.O com o Imei, permitindo que o alerta seja convertido para a cor vermelha e assim permaneça até que seja recuperado.

A Polícia Civil ressalta que receptação é crime tendo pena de um a quatro podendo chegar a oito anos de reclusão em caso de receptação em atividade comercial e reforça, ainda, que o cidadão deve comprar celular com nota fiscal tomando todas as precauções para verificar a procedência lícita do aparelho.

Fonte: Diário do Nordeste

Fonte: Diário do Nordeste

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