Alvo de grupo criminoso teria deixado local momentos antes do ataque a tiros em Fortaleza, apontam investigações

Uma pessoa que seria o alvo do grupo criminoso que realizou o ataque a tiros no bairro Barroso, em Fortaleza, teria deixado a Areninha do Jardim Violeta momentos antes dos disparos, segundo investigações. De seis suspeitos identificados pela polícia como executores do crime, três já foram detidos deste o último sábado (22).

O ataque foi realizado no campo de futebol com grande movimentação de pessoas na noite da sexta-feira (21). Segundo testemunhas, dois veículos chegaram ao local, e os ocupantes atiraram contra as pessoas que estavam na arquibancada. Uma criança e uma mulher morreram, enquanto oito crianças e adolescentes ficaram feridos.

Em coletiva à imprensa realizada neste domingo (23), o delegado Ricardo Pinheiro, diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apontou que o conflito entre facções criminosas é uma das linhas de investigação para o caso.

“Também já conseguimos pontuar que havia um indivíduo que seria o alvo deles, o interesse deles naquele conflito de facção, e [que] esse indivíduo teria se evadido, teria deixado o local momentos antes, e aí ocorreu o brutal crime que ocorreu lá na areninha”, afirmou o delegado.
Ainda segundo o delegado, foi identificada a participação direta de seis pessoas na execução do ataque. Este número pode aumentar com o andamento das investigações, que também buscam alcançar pessoas que colaboraram de alguma forma na logística do crime.

Motivação ainda é incerta

Crianças e adolescentes foram atingidos por tiros disparados durante evento em campo de futebol em Fortaleza — Foto: Reprodução

Outro ponto a ser esclarecido é o motivo de os criminosos terem disparado contra pessoas inocentes, atingindo crianças e adolescentes dentre os presentes na arquibancada.

Conforme o delegado-Geral da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutiérrez, existe a possibilidade de que o ataque tenha sido uma forma de assustar a população e afrontar as forças de segurança.

“O que se sabe é que esses grupos criminosos buscam agir de forma violenta, intimidatória exatamente para intimidar a população, para coagir a população, para criar um ambiente de terror, de medo… E com isso, facilitar o trabalho do próprio crime organizado naquela região”, comentou Gutiérrez.
Outra linha investigada e que não foi descartada ainda é a da ligação do ataque feito no bairro Barroso com outros crimes realizados nos dias próximos à sexta-feira, como o ataque a tiros no bairro Mondubim na mesma noite.

Conforme Márcio Gutiérrez, os crimes poderiam também estar vinculados a uma espécie de recado para o estado após o anúncio de medidas de combate aos grupos criminosos no Ceará. Assim, estes crimes poderiam ter sido coordenados.

“Nós tivemos várias ações num curto lapso temporal, e num momento bem específico em que o governo do estado trazia a público medidas fortes, firmes de enfrentamento ao crime organizado.

Então essa linha de investigação a gente não descarta. Logicamente, a gente tem várias possibilidades em cada caso, mas nos chama a atenção realmente que tenham sido crimes graves, violentos, covardes, e que tenham ocorrido em um lapso temporal muito curto e num dia bem específico”, detalhou o delegado.

Suspeitos capturados

Na manhã do domingo (23), o terceiro suspeito de participação direta no ataque foi detido. O homem de 22 anos tem antecedentes criminais por homicídios, participação em organização criminosa, roubos e tráfico de drogas.

Ele foi encontrado no bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza, e tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por um crime de homicídio. O suspeito foi conduzido para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

No sábado (22), a polícia tinha apreendido duas pessoas. Conforme o delegado Márcio Gutiérrez, os suspeitos são um adulto e um adolescente, capturados na Grande Fortaleza. Enquanto o adolescente foi apreendido, os dois adultos presos no sábado e no domingo tiveram a prisão convertida em prisão preventiva.

As investigações apontam que todos pertencem ao mesmo grupo criminoso. Também no sábado (22), uma mulher que integra o mesmo grupo também foi presa durante as buscas pelos suspeitos. Não há, ainda, indícios de que ela tenha participado diretamente do ataque no bairro Barroso.

Fonte: G1

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